A natureza e suas cores além de colorir as paisagens das estações do ano,
pode trazer novos tons para a sua vida e o seu guarda-roupa. Você conhece o tingimento natural? É uma técnica que preserva o meio-ambiente da toxicidade da indústria têxtil e tem potencial em ser uma das opções menos poluentes para os próximos anos.
A utilização de flores, folhas, plantas e raízes para estampar tecidos chamada estamparia botânica ou ecoprint vegetal que pode ser aplicada em qualquer tecido ou peça, desde as roupas até mesmo aos acessórios, da maneira em que desejar criando cores, formas e expressando personalidades diferente daquela padronagem industrial também faz parte desse fazer manual que envolve a biodiversidade, sustentabilidade, ancestralidade e tecnologia.
Esse modo de conexão entre natureza, moda sustentável e consumo consciente é realizado há séculos por povos ancestrais asiáticos, africanos e nos anos 60 foi resgatado também pelo movimento hippie e suas produções em tie-dye, a técnica de amarrar e tingir tecidos que voltou a ser usada de maneira intensa em 2020 durante a pandemia que pode também ser feita com as cores da natureza.
A preparação do tingimento e a formulação das cores são bem fáceis de fazer mesmo o processo sendo lento, mas nada que não faça valer a pena o resultado final. Sendo assim, através dos elementos naturais é capaz de extrair tonalidades das mais intensas até as mais suaves com pigmentos bem consistentes.
Com as folhas de repolho roxo, por exemplo, você consegue a tinta da mesma cor. Para obter tons amarelos suaves e cinza, pode utilizar as cascas da romã. Experimentar ingredientes que já tem em casa é uma boa maneira de descobrir novas tonalidades e ressignificar aquela camiseta antiga.
Vale ressaltar a importância de respeitar o tempo para atingir a tonalidade desejada e aproveitar o processo como uma experiência única de conexão entre você e a natureza.
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